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Limits and constraints of the instruments that control the work of community health agents in the Family Health Strategy || Limites e imposições dos instrumentos de controle do trabalho de agentes comunitários de saúde da Estratégia Saúde da Família
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Metadados
Descrição
To be considered a link between inhabitants and the service does not reveal, in a straightforward way, the scope of the community health agents' duties, nor does it offer visibility to the demands to which these professionals are exposed in their daily work within the Family Health Strategy. The aim of this study is to analyze the tools used to control the community health agents' social action and these professionals' possibilities of emancipation based on the notion of communicative action proposed by Jürgen Habermas. This is a qualitative study carried out at a Primary Care Unit in the city of São Paulo. Semi-structured interviews were carried out with 14 community agents who have at least 2 years of experience. The results show the dominance of instrumental reason over communicative reason in planning activities, in technical criteria for decision-making and evaluation, and in instruments for labor recording. We verified that there are opportunities of emancipation in communicative actions in which community agents, through dialogue, develop mutual understanding actions with patients that complement technical actions. It is also through dialogue oriented towards the construction of consensuses that teamwork cooperative processes are developed around common goals. We found that community agents resist the dictates of instrumental actions through intersubjective understanding, promoted by the communicative rationality that permeates the world of life, thus enabling emancipation situations regarding tensions and conflicts that are inherent in the mediation work. || Ser considerado elemento de união entre moradores e serviço não revela de imediato a abrangência das funções, nem oferece visibilidade das exigências a que os agentes comunitários de saúde estão expostos no cotidiano de trabalho diante das atribuições previstas pela Estratégia Saúde da Família. O objetivo desse estudo é analisar os instrumentos de controle da ação social dos agentes comunitários e suas possibilidades de emancipação, a partir da noção de agir comunicativo de Jürgen Habermas. Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada numa Unidade Básica de Saúde da cidade de São Paulo (SP), por meio de entrevista semiestruturada com 14 agentes comunitários com experiência mínima de dois anos. Como resultado, destacamos o domínio da razão instrumental sobre a razão comunicativa nas atividades de planejamento, nos critérios técnicos de decisão e avaliação, bem como nos instrumentos de registro do trabalho. Verificamos oportunidades de emancipação nas ações comunicativas em que os agentes comunitários, por meio do diálogo, desenvolvem ações de entendimento mútuo com os pacientes que complementam as ações técnicas. É também por meio do diálogo orientado à construção de consensos que processos cooperativos de trabalho em equipe são elaborados em torno de objetivos comuns. Consideramos que os agentes comunitários resistem aos ditames das ações instrumentais através do entendimento intersubjetivo promovido pela racionalidade comunicativa que permeia o mundo da vida, efetivando situações de emancipação das tensões e conflitos inerentes ao trabalho de mediação.
ISSN
0104-1290
Periódico
Autor
Justo, Célia Maria Patriani | Gomes, Mara Helena de Andréa | Silveira, Cássio
Data
1 de junho de 2015
Formato
Identificador
https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/104830 | 10.1590/S0104-12902015000200016
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2015 Saúde e Sociedade
Fonte
Saúde e Sociedade; v. 24 n. 2 (2015); 594-606 | Saúde e Sociedade; Vol. 24 No. 2 (2015); 594-606 | Saúde e Sociedade; Vol. 24 Núm. 2 (2015); 594-606 | 1984-0470 | 0104-1290
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion