Descrição
Este artigo analisa a prática da pichação como ação coletiva, congregando as categorias de desprezo e reconhecimento. A partir de concepções teóricas e entrevistas, busca revelar pela prática desenvolvida no centro de Goiânia, especificamente na Praça Cívica, características indicativas de pertença e aversão, de forma a visualizar interações entre grupos de pichadores, na busca pela dominação das territorialidades e elementos de distinção, e a relação entre grupos e sociedade, na tentativa de provocar e demonstrar insatisfações. A pichação assumiria função de ação aglutinadora no desenvolvimento de linguagens, atitudes e formas de vida ímpares num mundo plural, constituindo em exemplo de articulação dos conceitos de sociedade, cultura e ação social.