Descrição
A partir dos desdobramentos da noção de campo expansivo, de Rosalind Krauss (1979), que chegam até Garramuño (2009), Brizuela (2014), Cámara e Aguilar (2017) e Klinger (2008), observamos como a criação artística de Veronica Stigger expande o campo literário para se encontrar com elementos das artes visuais, do teatro, do cinema. Em Os anões (2010a), Stigger brinca com as regras, mantendo seu teor irônico e imprevisível. Com um cotidiano distorcido, vai rompendo gênero e linguagem. Em Opisanie Swiata (2013), o leitor é colocado diante de uma experiência em um experimento poético narrativo, por meio de um objeto extremamente sedutor composto por cartas geográficas, fotografias, cartões postais, anúncios publicitários, cardápios, cartas pessoais e uma narrativa carregada de referências a personagens, autores e obras do modernismo brasileiro numa viagem da Polônia à Amazônia. Interessa-nos perceber como o processo de criação de Stigger nesses trabalhos ocorre por meio de uma encenação da linguagem.Palavras-chave: Campo expansivo; Veronica Stigger; encenação da linguagem.