Descrição
Neste artigo proponho a releitura de algumas referências antropológicas feitas à religião. Procuro atentar especialmente para o tipo de lógica subjacente ao exercício definidor do que é religião e observo, por conseguinte, em que medida essa atividade indicou uma preocupação com uma ideia de ordem, compartilhada por autores de diferentes escolas antropológicas. Faço referência ao uso dessa ideia para problematizar a projeção de categorias nossas (pesquisadores) sobre os outros (nativos) e, ao final, apresento um caminho de estudo menos centrado nas teorias formalistas do fenômeno religioso, a favor de uma análise eminentemente etnográfica e aberta à transformação de perspectiva em função do universo pesquisado.