Descrição
In the context of Brazilian modernism, "classical" music - particularly as represented by the work of Villa-Lobos and the positions defended by Mário de Andrade - tends to value regional elements highly. Popular music, however, as in the case of Noel Rosa, follows a different path: it incorporates the urban imagination then taking shape, on the basis of modernizing experiences. Musical modernism responds to the constructivist demand of the period - the urge to build the Brazilian nation - with a totalizing tendency, aiming at unification and completeness. The result is a monumentalist aesthetics, which expresses the notion of a country of great potential, of which the regional roots of popular culture is one expression. In contrast, some popular musicians, like the modernist poets, find their subject-matter in urban life with all its new configurations. Whereas the poets engaged in the modernist movement make this choice consciously, popular musicians do so intuitively. The result is an aesthetics founded on simplicity, refusing totalizing solutions, and relying on fragmentation instead.||No contexto do modernismo brasileiro, a música "clássica" - particularmente representada pelo trabalho de Villa-Lobos e posições defendidas por Mário de Andrade - tendem a valorizar elementos regionais. A música popular, no entanto, como no caso de Noel Rosa, segue um caminho diferente: incorpora o novo imaginário urbano à base da experiência modernista. A música modernista responde à demanda construtivista do período - o chamado a se construir uma nação brasileira - com uma tendência totalizante, buscando unificação e completude. O resultado é uma estética monumental que expressa a noção de um país com grande potencial, do qual as raízes regionais da cultura popular são uma expressão. Em contraste, alguns músicos populares, como os poetas modernistas, encontraram sua inspiração na vida urbana em todas suas novas configurações. Enquanto os poetas engajados no movimento modernista fizeram essa opção conscientemente, os músicos modernistas o fizeram intuitivamente. O resultado foi uma estética fundada na simplicidade, recusando soluções totalizantes e operando, ao contrário, na fragmentação.