Descrição
Este artigo dedica-se a explorar as implicações sociopolíticas do conceito de monocultura informática. A padronização das práticas sociais baseadas na disseminação das técnicas digitais conduz a uma concepção de universalidade, implícita na ampla aceitação do computador como ferramenta fundamental da cultura humana. Essa universalidade é compreendida como parte da hegemonia capitalista, com seu pressuposto de culto à eficiência quantitativa. É utilizado o exemplo da permacultura como ilustração de um movimento contra-hegemônico.||This article is dedicated to exploring the sociopolitical implications of the concept of “informatics monoculture”. The standardization of cultural practices based on the dissemination of digital technologies leads to a concept of universality which is implicit in the wide acceptance of the computer as a fundamental tool of human culture. This universality is seen as part of the hegemony of capitalism, with its presumption of a “cult of quantitative efficiency”. The example of permaculture is used here to illustrate a counterhegemonic movement.