Descrição
A questão da feminização domagistério primário no século XIX temcomparecido, enquanto problema naprodução historiográfica, com algumaregularidade ao longo dos últimos anos.A centralidade desta temática nos estudosbrasileiros mostra-se imposta pelo próprioobjeto, pois “historicamente o papel deformação das novas gerações, tanto no interiordo espaço doméstico, quanto nos espaçosformais de educação, foi sendo naturalizadocomo atribuição feminina” e, assim, “umaconstrução social teria sido submetida auma leitura biologizante” a qual relaciona asmulheres ao exercício de funções no âmbitoprivado, em decorrência de uma supostanatureza. O presente estudo problematiza aquestão da feminização do magistério primáriono século XIX, na Capital do Império, a partirda reflexão acerca dos modelos de formaçãode professores. Utilizei como base para estadiscussão dados referentes à formação deprofessores primários nesta localidade, pormeio do modelo legitimado pelo Regulamentode 17 de Fevereiro de 1854 e por intermédiodo modelo instituído pela Escola Normal daCorte. A temática da feminização se insere emum panorama de difusão e estabelecimentoda instituição escolar como espaço privilegiadopara formar futuros cidadãos, a qual seencontrava em processo de formação.