Descrição
Em tempos conservadores, torna-se imprescindível (e urgente) aprender com experiências coletivas de resistência em longa duração histórica, considerando todas as suas dimensões. A experiência contra-colonizadora dos povos indígenas Guarani e Kaiowa convida-nos a observar tanto uma política da resistência quanto a buscar incidências vivas dessas formas de vida nos fazeres da área de Comunicação Social, em larga medida marcados pelas racionalidades do Estado, do mercado e da técnica com pouca permeabilidade às lógicas da diferença e da multiplicidade. No artigo, apresento algumas experiências de comunicação autônomas de jovens e lideranças indígenas, sua caracterização como produções comunicacionais intermundanas e suas incidências mais amplas em nossas formas de pensamento sobre a comunicação em contextos autoritários e de restrição à liberdade de expressão (de forma direta e/ou por meio do silenciamento).