Descrição
Vivemos em uma sociedade heteronormativa, que define os padrões de normalidade para a vivência da sexualidade e relações estabelecidas com os corpos. Aqueles que rompem com os padrões vigentes são rotulados e discriminados, entre essas pessoas estão as travestis. Estas promovem procedimentos para adequar seu corpo à expressão desejada, como a ingestão de hormônios e aplicação de silicone industrial. O presente trabalho tem por objetivo construir compreensões sobre as relações estabelecidas entre travestis do interior de SP e agentes de um programa de Redução de Danos. Utiliza-se uma abordagem de cunho cartográfico, através da qual se busca discutir como nos encontros com travestis e Redutores foram sendo construídas tessituras de entendimento de suas experiências, mas também produzindo pequenos esgarçamentos do tecido instituído da heteronormatividade e exclusão, promovendo referências de autocuidado.