Descrição
O artigo procura revisitar a filosofia do trágico e a filosofia da música nietzschianas no que elas se interpenetram. Abordamos as associações e rupturas entre Nietzsche, Wagner e Schopenhauer, tentando mostrar um pouco das suas contradições, com ênfase no percurso nietzschiano em direção a uma compreensão possível do belo enquanto “belo trágico”, em razão da importância do elemento dionisíaco para o filosófo. O fio condutor dessa compreensão estética é a música, sobretudo o prelúdio de Tristão e Isolda e sua antítese irônica, Carmen. Para disparar, apoiar e oferecer um exemplo de aplicação artística da discussão, recorremos ao filme Melancholia (2011), de Lars von Trier.