Descrição
O artigo pretende um estudo sobre diferença cultural em novelas gráficas de cunho autobiográfico. A análise descritiva com foco na forma temporal e espacial – narrativa e visual tem como corpus quatro novelas gráficas autobiograficas: Ao coração da tempestade de Will Eisner; Retalhos de Graig Thompson; A chegada de Shaun Tan; e A Força de Vida de Will Eisner. As noções de discurso, diferença, representação, subjetividade desenvolvidas nos estudos de Foucault e da noção de dessubjetivação proposta por Agamben associados aos estudos sobre a linguagem da Arte Sequencial de Eisner orientam o estudo. Os principais resultados indicam como novelas gráficas de cunho autobiográfico, originárias da arte gráfica underground em suas práticas de contra-condutas, estão implicadas com experiências de subjetivação e dessubjetivação. Chama-se atenção para o posicionamento de sujeito migrante, de raça e de gênero em sua conexão com a produção da diferença.