Descrição
Este artigo tem por objetivo explorar aspectos essenciais da dodecafonia sulamericana desde seus princípios na década de 30 até o final da década de 50. Assumindo que não exista ‘A Dodecafonia’ ou ‘O Dodecafonismo’, em letras maiúsculas, mas que seu significado tenha de ser entendido dentro de cada contexto particular, este artigo explora a história dos primeiros centros de recepção criativa da dodecafonia na América do Sul: o projeto da Nueva Música em Buenos Aires, o grupo Música Viva no Rio de Janeiro e São Paulo, e o grupo Tonus em Santiago do Chile, entendendo que nestes se constituíram grupos de compositores e intérpretes dedicados à composição e à difusão da música dodecafônica, funcionando como espaços de intercâmbio, criação e discussão. Como tentarei demonstrar, as redes de contato entre personalidades sulamericanas, como também entre elas e outros países, foram fundamentais para o desenvolvimento da música dodecafônica sulamericana desde seus primórdios.