Descrição
O presente artigo disserta sobre as articulações do dinheiro no século XXI, suas significações subjetivas e consequências culturais: a moeda, pensada como a mola mestra que determina os rumos da vida contemporânea e define as relações humanas. Pensando o dinheiro às vezes como signo e às vezes como significante, recorre-se, em princípio, à perspectiva semiótica na teorização do elemento enquanto mediador universal e signo cultural por excelência; posteriormente, a psicanálise é utilizada no esclarecimento do seu valor como significante e nas equivalências fálicas que imaginariamente traça diante dele. Objetiva-se, por fim, discutir a relação entre a economia libidinal do desejo e a do gozo envolvidas na interação com o dinheiro. Na conclusão do percurso, confirma-se a aproximação do dinheiro com o falo imaginário e por consequência a colocação lacaniana do dinheiro ser o objeto mais mortífero que existe.