Descrição
O presente artigo explora o universo temático de Alejo Carpentier, com ênfase na definição dos termos Barroco e maravilhoso, fundamentos de sua obra ficcional. A partir de uma abordagem historicista, o objetivo é mostrar como ambos os termos dialogam em seu conto “El camino de Santiago” (1958), complementando mutuamente seus significados, que estariam vinculados à condição relacional de uma perspectiva periférica e constituiriam a solução estética encontrada por Carpentier para questões relativas à vanguarda artística na América Latina. Encarados como princípios formais da ficção carpentieriana, Barroco e maravilhoso são, assim, uma contribuição particular à formação da literatura hispano-americana, que tem no encontro com a cultura popular – tal como Ángel Rama formulou na sua teoria da transculturação – uma de suas providências.