Descrição
Neste artigo, comentaremos a espessa montagem de intertextos que se estabelece entre linguagem pictórica e verbal, entre pintura e romance, entre Cristóvão de Morais e Almeida Faria, ou seja, entre O retrato de Dom Sebastião, de 1571, e a citação desse retrato, em O conquistador, de 1990. Pontuais, portanto, pretendemos observar o tratamento dado pelo romancista à história portuguesa e ao sebastianismo por meio da ecfrase, do dialogismo e da paródia. A abordagem será comparatista, mais especificamente voltada para o que Claus Clüver denomina estudos interartes.