Descrição
A partir de diversas séries recentes de televisão, exploramos de que maneira se descortina um futuro sombrio e distópico, em que a humanidade está condenada à extinção ou a precárias condições de vida. Em Battlestar Galactica, The 100, The walking dead, The expanse, 3% e outras, desenha-se um cenário de desigualdade e destruição, causado por questões climáticas, guerras e rebelião das máquinas, por exemplo. Nessas séries, acompanhamos tentativas de se recriar um mundo civilizado, num processo em que se reconhece a culpa da humanidade em relação ao contexto devastador ao mesmo tempo em que se crê na capacidade das novas gerações de mudarem tal quadro – no qual enfrentamos, muitas vezes, medos antigos e questões mal resolvidas. Observamos como a distopia dessas produções tematiza uma mudança em relação ao modo moderno de se encarar o tempo, quando apostávamos no progresso e na evolução. Ao olhar para o futuro de maneira pessimista, versamos sobre o nosso presente, destacando aspectos que precisam ser mudados com vistas a se evitar a decadência da humanidade, assistida pela tela da televisão talvez como uma forma de catarse, mas também vivida de diversas outras formas em nosso cotidiano.