Descrição
O presente texto explora uma interpretação da peça Entre Quatro Paredes (HuisClos, de 1944) do dramaturgo, romancista e filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre, que deixou sua obra marcada pela sentença “o inferno são os outros”. A perspectiva aqui é expor outra visão, a de que o inferno exposto por Sartre não é o outro, mas sim o indivíduo condenado, a pessoa que viveu envolvida em mentiras e que agora está exposta, sem possibilidade de continuar se escondendo. Nessa perspectiva, a idolatria de si e o ocultamento da própria realidade é o inferno, não a presença do outro e as possíveis limitações que ele representa.