Descrição
Segundo Robinson (1991), o pensamento ocidental sobre tradução compreende quatro paradigmas, representados por Agostinho, Lutero, Goethe e Buber/Bakhtin, e definidos com relação a três princípios – dualismo, instrumentalismo e perfeccionismo.Os três primeiros paradigmas já estariam plenamente estabelecidos e o quarto, que o autor chama de “dialógico”, estaria em desenvolvimento. Com o objetivo de contribuir para a discussão sobre a perspectiva dialógica dentro dos estudos da tradução, este artigo adota o mapeamento proposto por Robinson, em especial o quarto paradigma, a fim de nele situar a visão de autores como Pym (2002, 2006), Oittinen (2000) e Kumar e Malshe (2005). O texto aponta algumas lacunas na “perspectiva dialógica” destes autores e propõe uma reflexão sobre o texto traduzido baseada nos tipos de discurso teorizados por Bakhtin.