Descrição
A partir da experiência etnográfica no contexto urbano da cidade de Porto Alegre, RS, propõe-se refletir a dinâmica espaço-temporal da memória do trabalho apoiando-se em narrativas biográficas de ex-trabalhadores de um antigo Estaleiro. Com base no estudo das redes de trabalho vinculadas à territorialidade da região da Orla do rio Guaíba, próximo ao Cristal, em Porto Alegre, RS, propõe-se investigar a rítmica e ressonâncias do fluxo das transformações urbanas nas suas relações com práticas de trabalho operário. Trata-se de pensar as continuidades e descontinuidades do tempo vivido de uma experiência de trabalho tida como singular sob o contexto de conformação e transformação dessa região da cidade. Pretende-se refletir sobre as transformações urbanas propostas recentemente para o Pontal pelo viés de trajetórias de trabalho e das dimensões simbólicas e materiais que esse território evoca. As reflexões aqui propostas perpassam as tensões representadas pelo fenômeno de crise experienciada pela comunidade de trabalho do Estaleiro com o encerramento das suas atividades e a recente destruição de suas ruínas. Palavras chave: Trabalho Operário. Memória. Cidade. Pontal do Estaleiro (Shipyard Point): an ethnographic study of the memories of employment work in the city of Porto Alegre, RS Abstract The study aims at reflecting the spatial temporal dynamics of the memories on work based on the ethnographic experience in the urban context of Porto Alegre – RS according to the biographic narratives of former workers employed at an extinct shipyard. Based on the work networks linked to the area of the Guaiba River waterfront, in the Cristal suburb of Porto Alegre, RS, the proposal is to investigate the rhythm and resonance of the flow of urban transformation in its relationship with work practices. It is a matter of thinking of the continuities and discontinuities of time seen through a work experience which was considered singular in the context of the conformation and transformation of this part of town. The idea is to reflect on the urban transformations that have been recently proposed for the Pontal, through work trajectories and the symbolic and material dimensions evoked by this area. The reflections proposed herein go beyond the tensions represented by the phenomenon of the crisis the Shipyard’s labor community was subjected to at the time it was closed down, and the recent razing of its ruins. Keywords: Work Labor. Memory. City.
