Descrição
O artigo aborda o potencial político-pedagógico das ações coletivas de um movimento popular brasileiro (MST) em sua reivindicação pela conquista de um direito cidadão básico: a educação. Assume-se que, nesse processo, o MST fomenta um tipo de participação cidadã protagônica a partir do desenvolvimento e fortalecimento da consciência e da identidade de classe orientada para o processo de radicalização da democracia brasileira. Concretamente, é analisada a luta contra o fechamento e a nucleação das escolas frequentadas pelos Sem Terrinha. A premissa central é a de que a ação coletiva dos sujeitos sociais organizados e mobilizados contribui para a formação de um tipo de cidadania crítica, ativa e participativa que supera seus interesses restritos/corporativistas e contrapõe-se à perspectiva liberal de cidadão enquanto status formal.