Descrição
Esse ensaio compõe o projeto O Animal Cordial e o Rei da Vela: arte anticolonial brasileira, financiado pela FAPESB, no ano de 2019. Nele será discutido a antropofagia através de O Rei da Vela, peça escrita por Oswald de Andrade em 1933, mas apenas encenada em 1967 pelo Teatro Oficina. Será recuperada as origens do conceito em Eduardo Viveiros de Castro (2002), no texto “O mármore e a murta: a inconstância da alma selvagem”. Reconstruindo o conceito para a contemporaneidade, confrontando a perspectiva do reducionismo racial na obra de Oswald de Andrade que Silviano Santiago erigiu em texto de 1992, “Oswald de Andrade e o elogio da tolerância racial”. Também serão feitas contribuições acerca dos valores do capitalismo e do socialismo, enfatizando a quebra de Oswald de Andrade com o socialismo exposto no ensaio A crise da filosofia messiânica. Intuindo, assim, a implantação de uma nova episteme teórica latinoamericana, utilizando o conceito do decolonial, de Walter Mignolo, para impulsionar essa união dos países da América Latina e da posição do Brasil nesse giro anticolonial.