Descrição
Os traumas de guerra condicionam corporal e psiquicamente os sujeitos a retornarem repetidamente a eles em revivências corporais, seja em sonhos, seja quando lembram dos acontecimentos da guerra. A partir da teoria psicanalítica dos traumas de guerra e de trechos de cenas de Campo Minado de Lola Arias, neste artigo, mostramos que escutar traumas de guerra no palco demanda uma disponibilidade da direção da cena e dos espectadores em perceber que o real traumático se apresenta precisamente nas pausas, nos silêncios, no momentos em que os atores cessam de dizer.Palavras-chaveAtores Não Profissionais. Guerra das Malvinas. Minefield. Teatro Documentário. Teatro do Real.||The critical analysis hypothesis on Lola Arias’s Minefield presented in this article is that the traumatic war real Freud (2010), Lacan (2002), Jacques (2012) is shown by the performance by a bordering report expressed in the silences, in the breaks and in the refuse to represent torture. In this sense, the analysis takes the side of the critics that analyze the performance considering the scenic creating project of the encounter of the Falklands War veterans Sosa (2017), Perera (2017), Verzero (2018) and opposite the close reading of the scenes as spectacle made by Cornago (2017) e Small (2019). KeywordsNon-professional Actors. Falklands War. Minefield. Documentary Theatre. Theatre of the Real.