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O sagrado incorporado
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Metadados
Descrição
O artigo investiga as diversas formas de devoção das principais tradições africanas na diáspora brasileira destacando, sobretudo, a consagração do corpo por meio de rituais em que se utiliza o poderoso e inseparável trio (batucar/cantar/dançar) em sua conexão com os elementos da natureza e a ancestralidade africana. São consideradas aqui as tradições Congo-Angola, Ewe/Fon/Mina (Jeje) e Iorubá (Nagô) que separadas, misturadas entre si ou amalgamadas com rituais católicos, espíritas ou indígenas, que fundamentaram a criação de inúmeras religiões tais como o Candomblé, a Umbanda, o Tambor de Mina, entre outras, presentes em todo o Brasil e, inclusive, em outros países vizinhos. São exemplificados rituais, cosmogonias, e escrituras gráficas (pontos riscados) assim como as formas e expressões africanas em destaque na arte, arquitetura e escultura sacra do barroco/rococó mineiro do século XVIII pelas mãos dos artistas Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho e Mestre Valentin. Avalia-se que enquanto é possível perceber em imagem, escultura e arquitetura a forte influência africana, por outro lado, os mais importantes rituais da diáspora, praticados na corrente contrária ao pensamento hegemônico judaico/cristão/muçulmano, é ainda um terreno pouco conhecido, assim como, a sua religiosidade incorporada que se manifesta principalmente por meio da performance: dançar, cantar e batucar.
ISSN
1984-3917
Periódico
Autor
José Luiz Ligiéro Coelho; UNIRIO
Data
31 de março de 2020
Formato
Idioma
Editor
Direitos autorais
Declaro que o trabalho de minha autoria enviado à revista Museologia e Patrimônio respeita a legislação vigente sobre direitos autorais, arcando com toda responsabilidade quanto ao descumprimento da referida lei.
E autorizo a publicação de meu trabalho, acatando as políticas e normas editoriais da revista Museologia e Patrimônio .
Fonte
Museologia e Patrimônio; Vol. 13, No 1 (2020); 91 -122
Tipo
Artigo Avaliado por Pares