Descrição
Neste artigo estabelecemos um diálogo sobre a categoria narrativa de sertão, problematizando algumas teorias críticas da formação de identidades literárias; analisamos aspectos do romance de José de Alencar, O sertanejo, como transfiguração da natureza da região e uma idealização do espaço físico e geográfico do sertão no século XIX; em contraponto com a descrição desta mesma realidade na crônica positivista do jornalista Euclides da Cunha, Os sertões, como transição para o século XX; por fim, cotejando estas transfigurações narrativas com o romance histórico de Mario Vargas Llosa, La guerra del fin del mundo, escrito final do século XX, a partir de perspectivas literárias que enfocam a complexidade cultural contemporânea em movimentos sociais que reverberam uma política identitária latino americana a partir da literatura.