Descrição
Este artigo traz a discussão sobre o sistema de fidelidade poética abordado por G. Bachelard (1997), aqui, especialmente, tendo a água como elemento de materialização da poética e do devaneio da cantora Clara Nunes (1942-1983) que apresenta em seu trajeto várias imagens e simbologias que reforçam este conjunto. Valores sensíveis e sensuais se cruzam numa expressão imaginal em que podemos perceber arquétipos, símbolos e mitos em uma narrativa poética que mantém esta fidelidade ao elemento. A potência de fascinação, motivadora do imaginário, apresenta-se desde a imagem pessoal da artista, suas performances, composições e clipes. Assim, utilizamos como corpus de análise dois clipes que apresentam esta relação: O mar serenou e Conto de areia.