Descrição
Tirando as consequências da recomendação de Hjelmslev, segundo a qual os objetos podem ser compreendidos como "pontos de interseção de feixes de relações", o presente trabalho sublinha, não tanto as especificidades do ritmo, mas antes as formas de sua articulação no interior de um grupo de transformação; em outras palavras, seu lugar e sua interação em meio às noções correlatas. Para um ponto de vista tensivo, atento à irredutível complexidade dos valores, o ritmo vem se inscrever no cruzamento das valências de extensidade e intensidade, ao lado de três outras resultantes: a profundidade, o acontecimento e a ubiquidade. No diálogo com um certo número de autores que souberam ver o afeto, não como obstáculo, e sim como condição mesma da análise da significação, nosso estudo discute sucintamente essas grandes resultantes das dependências entre estados de coisas e estados de alma para a economia dos discursos, tanto na expressão quanto no conteúdo.