Descrição
Considerando a linguagem audiovisual como plataforma de representações e discursos, propomo-nos, neste artigo, a tecer um exercício de reflexão sobre mecanismos empregados na definição do que é visível e do que é invisível em produções fílmicas brasileiras que têm como foco jovens moradores de periferias e favelas. Para tanto, analisamos os documentários A Ponte (2008) e A Batalha do Passinho – O Filme (2012) a fim de explorar configurações estéticas de juventude e de periferia expressas nas obras, bem como possíveis interlocuções que podem contribuir para a configuração e reconfiguração do escopo da vida urbana. Articulando conceitos teóricos sobre representação e cinema, questionamos: as produções em análise alcançariam o espaço de desigualdade social sem reproduzir discriminações? Seriam capazes de driblar uma visualidade perversa meramente reprodutora de estereótipos?