-
Operaísmo Digital: tecnologia, plataformas e circulação das lutas dos trabalhadores||Digital Workerism: Technology, Platforms, and the Circulation of Workers’ Struggles
- Voltar
Metadados
Descrição
O uso das tecnologias digitais tornou-se parte essencial dos debates contemporâneos sobre como o trabalho está mudando, o futuro do trabalho e dos trabalhadores, incluindo as resistências e a organização. O operaísmo levantou muitas dessas questões no contexto da fábrica - particularmente por meio do Operaismo italiano - conectando a experiência do local de trabalho a uma luta mais ampla contra o capitalismo. No entanto, há muitas diferenças entre essas fábricas e os novos locais de trabalho digitais nos quais muitos trabalhadores se encontram hoje. Os métodos de pesquisa a partir dos trabalhadores e as teorias da composição de classes são um legado útil do Operaísmo, fornecendo ferramentas e uma perspectiva para compreender e intervir nas lutas dos trabalhadores hoje. No entanto, isso exige aprimoramento e atualização em um contexto digital. Neste artigo, discutimos os desafios e as oportunidades para um “operaísmo digital”, entendido como um método de pesquisa e organização. Usamos o estudo de caso do Uber para discutir como a tecnologia pode ser usada contra os trabalhadores e também reapropriada por eles de várias maneiras. Ao desenvolvermos uma análise da recomposição técnica, social e política que está ocorrendo na plataforma, vamos além das leituras deterministas da tecnologia para pensar as diferentes tecnologias a partir das relações sociais que estão surgindo. Em particular, chamamos a atenção para as novas formas pelas quais as lutas dos trabalhadores podem circular. Com isso, defendemos um “operaísmo digital” que desenvolva uma compreensão crítica de como o local de trabalho pode se tornar um local essencial para as lutas do socialismo digital/comunicacional.Palavras-chave: operaísmo. socialismo a partir de baixo. Deliveroo. economia digital. socialismo digital.||The use of digital technology has become a key part of contemporary debates on how work is changing, the future of work/ers, resistance, and organising. Workerism took up many of these questions in the context of the factory – particularly through the Italian Operaismo – connecting the experience of the workplace with a broader struggle against capitalism. However, there are many differences between those factories and the new digital workplaces in which many workers find themselves today. The methods of workers’ inquiry and the theories of class composition are a useful legacy from Operaismo, providing tools and a framework to make sense of and intervene within workers’ struggles today. However, these require sharpening and updating in a digital context. In this article, we discuss the challenges and opportunities for a “digital workerism”, understood as both a research and organising method. We use the case study of Uber to discuss how technology can be used against workers, as well as repurposed by them in various ways. By developing an analysis of the technical, social, and political re-composition taking place on the platform, we move beyond determinist readings of technology, to place different technologies within the social relations that are emerging. In particular, we draw attention to the new forms through which workers’ struggles can be circulated. Through this, we argue for a “digital workerism” that develops a critical understanding of how the workplace can become a key site for the struggles of digital/communicative socialism.Keywords: Workerism. Socialism from below. Deliveroo. Digital economy. Digital socialism.
ISSN
1984-8226
Periódico
Autor
Englert, Sai | Woodcock, Jamie | Cant, Callum
Data
26 de abril de 2020
Formato
Identificador
http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/fem.2020.221.05 | 10.4013/fem.2020.221.05
Idioma
Editor
Fonte
Fronteiras - estudos midiáticos; v. 22 n. 1 (2020): Janeiro/Abril; 47-58 | 1984-8226
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion