Descrição
Este artigo discute as representações de gênero em textos editoriais de jornais de autoria de Clarice Lispector, veiculados pela imprensa paulista no período dentre 1959 e 1960, período histórico de ascensão da classe média, de crescimento urbano, trabalhista e de industrialização, que impactou profundamente os papeis sociais de mulheres e homens da época. Este contexto foi o principal fomentador da produção literária de Clarice Lispector. Publicados no Correio da Manhã, os textos tinham como alvo a mulher adulta, sua sensibilidade, sua beleza e seus papeis no espaço social, num imaginário que pendula, entre a sedução e a virtuosidade e a modernidade e o conservadorismo. Uma discussão sobre a identidade feminina, na modernidade.