Descrição
Este trabalho objetiva analisar o sujeito niilista inserido no discurso literário Memórias do subsolo, de Dostoiévski. As noções de ethos espaço e pessoa subsidiam a apropriação do sujeito pela linguagem na construção do discurso. Os cinco fragmentos do corpus são a embreagem paratópica marcadora das enunciações niilistas. O sujeito paratópico tem discurso aceitável ganhando força pelo lugar de onde o instaura-se no âmbito sócio histórico em que propaga a si próprio, conforme Maingueneau (2014). A pesquisa evidencia que o sujeito vive de seu parasitado, o discurso literário, buscando nele os elementos necessários para fazer emanarem seus posicionamentos, suas convicções.