Descrição
O artigo explora a centralidade do conceito de “musealização” para a Museologia contemporânea, permitindo o entendimento desta última como uma disciplina no âmbito das ciências sociais. Apresentando as diferentes vias teóricas que definiram o termo e sua aplicabilidade no campo museológico desde a sua concepção inicial por Zbyněk Z. Stránský no início dos anos 1970 até as abordagens mais recentes, entende-se a musealização como uma passagem criadora, que envolve práticas específicas que levam ao estado liminar da performance museal. A partir da concepção da musealização como objeto empírico e como modelo metodológico para a Museologia, defende-se a pesquisa museológica como aquela voltada para o estudo teórico e experimental da cadeia integrada da musealização. Propondo o redirecionamento do foco das análises museológicas para a ação produzida pela musealização, vislumbramos o caminho de uma Museologia calcada na experiência dos estados simbólicos da realidade “elevada” pela performance museal.