Descrição
contemporâneo de expressões cuja característica principal é a
multiplicidade de sentidos e definições que a elas podem se atribuídos.
Palavras plurais em sua essência, ganham cada vez mais espaço no
cotidiano, ainda que imersas no senso comum que não busca, nem
poderia buscar, um conhecimento mais profundo das contradições e
complexidades que se encerram nesses dois termos. Quando se fala de
patrimônio, para além da origem jurídica do termo, o sentido evocado é o
da permanência do passado, a necessidade de resguardar algo significativo no campo das identidades, do desaparecimento. As representações sobre patrimônio como um lugar de construção e afirmação de identidades traz em si várias discussões que não poderiam ser abordadas neste texto, que pretende, acima de tudo, apresentar as discussões que aparecem nos três artigos a serem comentados a seguir. Entretanto, cabe dizer que essa relação de patrimônio com processos identitários pode ser entendida, também, como aquilo que Dominique Poulot nos traz ao afirmar que "a história do patrimônio é a história da construção do sentido de identidade e mais particularmente, dos imaginários de autenticidade que inspiram as políticas patrimoniais" (POULOT,1997, p. 36).