Descrição
Neste artigo, tomamos as memórias, experiências cotidianas e saberes ancestrais, aprendidos no interior de casas chefiadas por mulheres negras, pobres e de periferia, como ponto de partida para o exercício de constituição de uma escrita e prática decolonial. Nosso intuito é, de par com a teoria da complexidade e da interseccionalidade, promover um diálogo de saberes que evidencie a existência de uma pedagogia potente no interior destas casas. A partir da construção de uma epistemologia da prática, de uma atividade auto/otobiográfica, consideramos e reconhecemos esta pedagogia como uma herança ancestral, como um campo de força capaz de assegurar a vida de grupos vulneráveis frente às políticas genocidas, mas também de inspirar práticas docentes.