Descrição
In this article, we analyze the evolution of the filming method of the Portuguese filmmaker Pedro Costa. Costa, a great admirer of the punk movement of the 1970s, does not hide the influence that the movement exerts on his way of making movies. From the DIY - do it yourself - idea, the director becomes a bricoleur when using the technique of gluing in the making of his films, especially in pre-production. This is bricolage as a technique. From O Sangue (1989), Costa's first feature film, to Cavalo Dinheiro (2014),the director's production process has progressed towards a way of filming his own and increasingly approaching Anthropology. The term bricolage arises consecrated in the Anthropology by Lévi-Strauss, when referring to the mythical thought, opposing it to the scientist. In cinema, the figure of the bricoleur is represented, especially, by Jean-Luc Godard. It is also sought to analyze the stages in which Costa's process, his modus operandi, consists of the extra film material that permeates his work, such as his interviews, written and the course taught by the director.||Neste artigo, analisa-se a evolução do método de filmagem do cineasta português Pedro Costa. Grande admirador do movimento punk dos anos 1970, Costa não esconde a influência que o movimento exerce no seu modo de fazer cinema. A partir da ideia do DIY – do it yourself – o diretor torna-se um bricoleur ao se utilizar da técnica da colagem na realização de seus filmes, principalmente na pré-produção. Trata-se aqui da bricolagem enquanto técnica. Desde O Sangue (1989), primeiro longa-metragem de Costa, até Cavalo Dinheiro (2014), o processo de produção do diretor tem progredido em direção a uma maneira de filmar própria e que cada vez mais se aproxima da Antropologia. O termo bricolagem surge consagrado na Antropologia por Lévi-Strauss, ao se referir ao pensamento mítico, contrapondo-o ao científico. No cinema, a figura do bricoleur é representada, especialmente, por Jean-Luc Godard. Procura-se ainda analisar as etapas em que consiste o processo de Costa, seu modus operandi, a partir do material extrafílmico que permeia sua obra, como suas entrevistas, escritas e o curso ministrado pelo diretor.
