Descrição
Este ensaio, murmúrio entre imagens e palavras criadas em deslocamento, consiste nas reflexões e poéticas de uma maneira docente cambiante, errante, nômade e que se arrisca por atravessar e deixar-se atravessar pelas imagens de um cinema amador construído durante o pesquisar/viajar. Um professor que escreve em seu caderno de professor-artista, e ainda nos dá a ver embaralhadamente, um pouco das criações que se desdobram deste deslocar-se. O cenário desta viagem é a janela do trem que percorre Vitória-ES até Belo Horizonte-MG, e que tem ao seu lado, aquilo que resta do Rio Doce após o rompimento da barragem de Mariana. Que imagens e palavras podem nascer entre as margens de um rio que padece? Um cinema amador ensaiado pelos conceitos de ficção, alteridade, memória e afeto, reunidos de uma maneira enigmática para o pensamento acerca da relação entre educação ambiental e a formação docente. Imagens convidadas a viajar ao lado de um rio tão Doce quanto a sua lembrança. Viagem como (des) caminho, sem pensar em chegadas. Que os olhares vejam paisagens de uma nova terra e seus ouvidos escutem sons de manhãs, tardes, noites e sonhos que germinam da palavra e da imagem mais enlameada possível.