Descrição
A expressão “reXistência” utilizada pela ativista e transfeminista Viviane Vergueiro (2016) cai como uma luva para compreender de que forma os estudos feministas, queer e decoloniais têm a contribuir sobre o debate de gênero numa perspectiva interseccional que permeia o campo da materialidade musical, dos artivismos feministas e também o campo da produção de conhecimento sobre música no Brasil. A mesma considera as articulações entre a categoria gênero e as relações étnicorraciais, dissidências sexuais e demais marcadores sociais da diferença, tais quais, classe social, geração, acessibilidade, dentre tantos outros. Estas elaboram e são elaboradas por produções de conhecimento e engajamentos com sujeitxs, comunidades e grupos dissidentes que permanecem invisibilizados no campo dos estudos sobre música no Brasil. Deste modo, interessa aqui discutir sobre a relevância das abordagens e vivências reXistentes de corpos periféricos que foram e continuam “deslocados” e “fronteiriços”, compondo espaços de reXistência ao racismo e (trans)feminicídios epistêmicos em música, seja através dos seus artivismos, seja através de sua produção de conhecimento de cunho mais teórico. PALAVRAS-CHAVE: (Trans)Feminismos decoloniais. Racismo epistêmico em música no Brasil. Artivismos feministas.