Descrição
Neste trabalho retomamos o pensamento de Jacques Rancière (2005; 2012) que, ao escrever sobre as relações entre a estética e a política, considera a ficção como um gênero capaz de operar dissensos, quando provoca deslocamentos na ordem do visível, instaurando novas formas de sensibilidade. A discussão proposta pelo autor nos auxiliará a refletir sobre a função política da ficção. Logo após, comentaremos o filme Arábia (Affonso Uchôa e João Dumans, 2017), que faz uma escolha absolutamente ficcional para contar a estória de Cristiano, um jovem empregado de uma fábrica de alumínio, situada em Ouro Preto (MG).