Descrição
Tomando os impressos estudantis como “artefatos culturais” e significativos como documentos para a construção de uma história da cultura escrita e da história da educação, o foco desse artigo são as narrativas dos estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que, por meio da produção de periódicos, valem-se da cultura escrita como modo de expressão discursiva diante de fortes acontecimentos que marcaram suas vivências acadêmicas, em 1981 e 1982. Estamos a falar de uma geração que vive a Universidade em um período de abertura política no Brasil, que se vale da imprensa estudantil como porta voz de seus anseios por uma Universidade livre, democrática e gratuita, defendendo suas posições, sobretudo políticas. Consideramos a imprensa estudantil como um produto da cultura universitária, como um modo de fazer eco a suas vozes, de amplificar, por meio da escrita, suas posições, sobretudo políticas, diretamente identificadas às experiências acadêmicas.