Descrição
Na contemporaneidade o mercado invade as mais diversas instituições. Uma nova dinâmica social, que será também absorvida pelo mundo dos museus. Estas entidades, antes, centradas em si mesmas, reorganizam suas estruturas, sofrendo processos de hibridação. De instituições centradas em si mesmas, muitas caminham para se estruturarem como meios de comunicação de massa. Até mesmo a dimensão do poder parece se reorganizar: de uma estrutura vertical e bipolar, dividida de maneira simples e polarizada para relações sociopolíticas descentralizadas e multideterminadas, com novas vozes e discursos emergindo com poder de autoridade. Neste contexto, como os da atualidade lidam com sua posição como espaços legitimadores de valores de classe? A nova roupagem contemporânea pode ser apenas um novo modus operandi para afiançar a construção do consenso acerca do papel dos museus na atualidade e camuflar sua atuação como mantenedores da hegemonia de classes. Partindo deste pressuposto, esta tese tem como objetivo compreender a dinâmica contemporânea das instituições culturais da elite, em especial, os museus de arte. Para tanto, usa como procedimento o estudo comparativo e como recorte, dois casos geograficamente distantes, um no Brasil, o Instituto Inhotim – Minas Gerais, e outro, nos Estados Unidos, o Saint Louis Art Museum - Missouri.