Descrição
Apesar de o Livro Didático (doravante, LD) ser uma fonte de conhecimento, a escolha dele costuma acontecer de forma inadequada e, muitas vezes, sem se levar em consideração o contexto escolar em que se inserida. A leitura e a escrita são competências complexas que necessitam de habilidades linguísticas cognitivas e metacognitivas. Dessa forma, esse artigo objetiva, sob uma visão sociolinguística analisou o LD e, para tal, foi observado um capítulo específico de um livro utilizado em uma escola da Rede Pública de Ensino do estado de Pernambuco. Assim, visamos verificar se a produção textual, como atividade escolar, leva em consideração a variação linguística que o estudante traz consigo, uma vez que ele precisa entender que existe uma língua monitorada que a escola tenta ensinar suas normas e, também que a sua própria língua não deve ser considerada como um português “errado”, porém uma variante linguística. Para os aportes teóricos utilizamos os estudos de Bunzen (2007), Bagno (2009; 2013), Bakhtin (2003), Freitas e Damasceno (2015) entre outros autores, a fim de que possamos ter uma visão de como ocorre essa produção em sala de aula, já que o professor deve usar o LD como suporte que facilite o processo de ensino-aprendizagem.