Descrição
Os contos de Conceição Evaristo, através da introspecção e da metáfora do espelho, problematizam questões que envolvem a identidade cultural. Salinda e Cida são personagens que entram em confronto com o mundo e, por isso, empreendem o encontro com o eu, fenômeno manifesto na própria estrutura autocentrada das narrativas, que localizam as subjetividades no contexto de sujeitos falantes, franqueando a (re)construção do contexto baseada na tomada de percepção de si. A mirada no espelho para as personagens de Evaristo constituem processo de descolonização do eu. As reflexões desenvolvidas no artigo partem das considerações de Luíza Lobo (1992), Erich Auerbach (2013), Frantz Fanon (2008), Grada Kilomba (2019), Jacques Lacan (1996) e Thomas Bonnici (2009).
