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Regulamento da prostituição: meretrizes e policiamento (Belém-PA, 1890)
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Metadados
Descrição
O princípio diretor deste artigo é o de analisar como determinados agentes (Estado e editores de jornais), conceberam a regulamentação do meretrício na cidade de Belém. Esta reflexão partiu da Portaria de 19 de março de 1890 publicada pela República paraense, a qual institucionalizou a prática do sexo comercial no Pará e, igualmente, das diversas matérias editadas nos jornais belenenses a respeito do assunto. Nesta esteira, por um lado, o regime republicano, na qualidade de defensor da oficialização da “vida fácil”, tinha como argumento central a necessidade de conter a disseminação da sífilis e por isso dizia ser premente a imposição da referida portaria à s condutas airadas, todavia, interpretações documentais indicam que a efetiva motivação foi a de organizar maior controle policialesco das profissionais do sexo nas ruas da cidade de Belém; contudo, houve, por outro lado, os contrários à normatização e eles se organizaram, basicamente, em duas trincheiras argumentativas, quais sejam: expunham a prostituição na qualidade de crime e por isso deveria ser tratada com prisão e multas, e que a oficialização do meretrício representava ofensa à s bases mais elementares da coletividade, da família, da moralidade e dos bons costumes públicos e privados.||O princípio diretor deste artigo é o de analisar como determinados agentes (Estado e editores de jornais), conceberam a regulamentação do meretrício na cidade de Belém. Esta reflexão partiu da Portaria de 19 de março de 1890 publicada pela República paraense, a qual institucionalizou a prática do sexo comercial no Pará e, igualmente, das diversas matérias editadas nos jornais belenenses a respeito do assunto. Nesta esteira, por um lado, o regime republicano, na qualidade de defensor da oficialização da “vida fácil”, tinha como argumento central a necessidade de conter a disseminação da sífilis e por isso dizia ser premente a imposição da referida portaria à s condutas airadas, todavia, interpretações documentais indicam que a efetiva motivação foi a de organizar maior controle policialesco das profissionais do sexo nas ruas da cidade de Belém; contudo, houve, por outro lado, os contrários à normatização e eles se organizaram, basicamente, em duas trincheiras argumentativas, quais sejam: expunham a prostituição na qualidade de crime e por isso deveria ser tratada com prisão e multas, e que a oficialização do meretrício representava ofensa à s bases mais elementares da coletividade, da família, da moralidade e dos bons costumes públicos e privados.
ISSN
2318-1729
Periódico
Autor
Campos, Ipojucan Dias
Data
26 de novembro de 2018
Formato
Identificador
https://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/19278 | 10.26512/hh.v6i12.19278
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2018 História, histórias
Fonte
história, histórias; Vol. 6 Núm. 12 (2018): Sexualidades disparatadas: outras histórias (jul-dez) | História, histórias; v. 6 n. 12 (2018): Sexualidades disparatadas: outras histórias (jul-dez) | 2318-1729 | 10.26512/hh.v6i12
Assuntos
Prostituição | Regulamento | Policiamento
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion