O artigo analisa como são vivenciadas e construídas as relações de gênero e poder na Igreja Católica de Soledade, verificando suas implicações nas relações e na vida cotidiana familiar de homens e mulheres líderes de pastoral comunitária. A religião ocupa um lugar central na vida social e política local e que a participação das mulheres como líderes de pastoral amplia significativamente o leque de relações que estabelecem para além do espaço familiar. Contudo, a religião também contribui para a reprodução da desigualdade de gênero e fortalecimento do poder masculino nos âmbitos familiar e comunitário-religioso.