Descrição
Este texto faz o movimento de tomar como problemática de análise as seguintes perguntas, disparadas a partir de um debate realizado no festival Colors: Cinema + Diversidade (Curitiba, 2017): Quais as instâncias de resistência e de captura presentes em diferentes modos de representar personagens LGBT no cinema? Qual o alcance de filmes voltados às discussões das temáticas das diversidades sexuais e de gêneros, a depender da abordagem - mais ou menos desafiadora à norma heterossexual - por eles adotada? A fim de relançar estas perguntas no contexto do cinema contemporâneo, apresentamos um breve panorama de diferentes movimentações realizadas tanto no campo das produções teóricas quanto audiovisuais, através das quais, desde os anos 1970, esboçam-se dúvidas e também respostas que operam tais questionamentos. Com este propósito, recuperamos as reflexões de autores e autoras como D.A. Miller, Christine Holmlund e B. Ruby Rich e tecemos algumas considerações acerca da representação da homossexualidade nos filmes Festim Diabólico (Alfred Hitchcock, 1948), Filadélfia (Jonathan Demme, 1993) e Viver Até o Fim (Gregg Araki, 1992).