Descrição
O presente artigo é um recorte da pesquisa que investigou a manifestação do sagrado e do profano no sertão da Bahia, destacando a religiosidade em Monte Santo”, realizada entre os anos de 2013 e 2014. Este trabalho analisa as romarias ao Santuário da Santa Cruz, o mais antigo no Brasil que representa a Via Crucis de Jesus, desde o seu surgimento em 1785, na Serra do Piquaraçá na cidade de Monte Santo na Bahia. Estuda a dinâmica local e a mudança de visão de ritualização, presente em Monte Santo nos últimos anos, fato que está promovendo o enfraquecimento da configuração original da religiosidade local. A Via Crucis de Monte Santo começou a ser construída sob a supervisão direta do Frei Apolônio de Todi. O monte foi marcado por cruzes que posteriormente foram substituídas por pequenas capelas. Outras duas capelas maiores, foram acrescidas ao santuário representando os Santos Passos de Cristo e as Dores de Nossa Senhora e no cume do monte foi construída uma igreja dedicada à Santa Cruz. No Sertão do Estado da Bahia, as práticas do catolicismo popular são encontradas em diversas cidades, vilarejos ou mesmo no campo, destacando-se Monte Santo, para onde acorrem as romarias ao Santuário da Santa Cruz.