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Socio-spatial segregation and struggle for housing in Florianópolis: Roots and characteristics of the Contestado Occupation||Segregação socioespacial e luta por moradia na grande Florianópolis: raízes e características da Ocupação Contestado
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Metadados
Descrição
This article aims to narrate the experienceof creation and development of the ContestadoOccupation from a more general context of urbanaccumulation of contradictions in the GreaterFlorianópolis region. Thus, it is intended toreflect theoretically on these contradictions,especially revealed by a socio-spatialsegregation process in the region, evaluating itsrelationship with the recent migration processes,population growth in major cities (Florianópolis,São José, Biguaçú and hut) and the resurgence ofthe struggle movement for housing, particularlythe Contestado Occupation. Based on fieldworkresearch, we present the main features of theirsocial demographics, seeking to assess to whatextent the experience of occupation of residentsexpress current trends in spatial mobility andintra-urban dynamics in the region.||A Região da Grande Florianópolis passou por um intenso crescimento urbano nas últimas décadas, impulsionado por processos de expulsão populacional de pequenos agricultores provenientes de outras regiões catarinenses e outros Estados. Este crescimento promoveu aceleração da segregação urbana na cidade, na medida em que impulsionou expansão da ocupação das áreas de encostas do perímetro central (o Maciço Central) e se deu em um contexto de opção exclusiva do acesso à ilha pela parte central, o que legou às gerações futuras condições precárias de mobilidade, não obstante os sucessivos aterramentos para construções viárias. Reforçando esta contradição, a veiculação de Florianópolis como “cidade-mercadoria” privilegiou os espaços de praia em detrimento do centro da cidade. Pela distância destas praias e o polinucleamento característico da cidade, esta opção indicou um terreno fértil para o modelo de mobilidade particular, através sobretudo de automóveis, e abriu uma perspectiva de valorização fundiária de extensas áreas localizadas nos entornos dos acessos viários. Este artigo tem como objetivo teorizar a experiência de criação e desenvolvimento da Ocupação Contestado, em um contexto mais geral de elevação da renda da terra na Grande Florianópolis e de expansão de sua periferia urbana. Pretende-se partir deste contexto de modo a apontar que os movimentos de luta por moradia não nascem de ideias e vanguardas iluminadas, senão que são produto do acúmulo de contradições sociais, econômicas e políticas que colocam o povo subalterno e superexplorado da cidade e do campo em luta. Deste povo e nesta luta, surgem as direções e lideranças do movimento. A metodologia combina revisões teóricas, análises qualitativas e levantamento quantitativo, com base nas fontes de dados do IBGE e de questionário aplicado na Ocupação Contestado.
ISSN
0101-9589
Periódico
Autor
Aires Magalhães, Luís Felipe | Tonin, Vitor Hugo
Data
15 de novembro de 2015
Formato
Identificador
https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/2178-4582.2015v49n2p224 | 10.5007/2178-4582.2015v49n2p224
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2015 Luís Felipe Aires Magalhães, Vitor Hugo Tonin
Fonte
Revista de Ciências Humanas; v. 49 n. 2 (2015); 224-255 | 2178-4582 | 0101-9589
Assuntos
Urbanismo | Segregação Socioespacial | Luta por Moradia | Socio-spatial segregation | Struggle for housing | Contestado Occupation | Florianópolis.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Pesquisa teórica; pesquisa empírica de campo