Descrição
Este artigo é parte de um projeto de pesquisa da Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz e de duas dissertações de mestrado, apresentadas ao Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da mesma instituição. O objetivo deste estudo foi investigar os mecanismos de poder inscritos no Pavilhão de Observações e seus modos de manifestação nas práticas cotidianas, entre 1894 e 1930, bem como as relações desta instituição com a polícia, o Hospício Nacional de Alienados e a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Para tanto, utilizamos um acervo diversificado de fontes (documentos clínicos da instituição, artigos e livros médicos, relatórios, decretos, entre outros), a partir do qual foi possível perceber que a instituição estudada não era apenas um simples espaço do exercício da prática psiquiátrica no Rio de Janeiro, estando inserida em uma complexa rede de poder-saber, no âmbito psiquiátrico, durante a Primeira República do Brasil.