Descrição
A experiência do corpo no cotidiano da cidade não é vista de maneira antagônica à experiência corporal criativa, mas como prática cultural que expressa a dialética entre corpo e cidade. Nas fissuras da tradição estética amazonialista, estudos corpográficos configuram-se como possibilidades de compreensão da questão urbana – uma alternativa de produção e circulação de novos sentidos sobre a experiência cotidiana da cidade por meio da arte. As corpografias e paisagens sonoras urbanas foram tomadas como categoria de análise de práticas culturais nas imediações do Rio Iaco, na cidade de Sena Madureira-Acre. Inspirado nas letras de Michel de Certeau, Guy Debord e Richard Sennett, este texto trata de não mais imaginar o corpo humano asfixiado pelo nó do poder, mas desatar esse nó e explorar os prazeres corporais que não se deixam aprisionar pela sociedade.