Descrição
For decades, journalism was seen as a simple practice (an occupation), which could exist without the need for specialized academic training. In this paper we defend the university as the most suitable way for the challenges and demands of the profession, remembering that it implies a critical distance in relation to the concrete conditions of professional practice. Thus it is argued that the journalistic ethos, based on a pragmatic attitude towards reality, will deal also with the critical requirements that characterize a knowledge theoretically oriented. This problem repeatedly taken up in various discussions (vocational versus academic knowledge, theory versus practice, reflective capabilities versus performative skills) is directly related with a reflection on the nature of the profession.||Durante décadas, o jornalismo foi entendido como uma simples prática profissional (uma ocupação), que poderia existir sem a necessidade de uma formação universitária especializada. Neste texto defende-se a formação universitária como a mais adequada para os desafios e exigências da profissão, recordando-se que a mesma implica uma distância crítica em relação às condições concretas do seu exercício. Desta forma defende-se que o ethos jornalístico, baseado numa atitude pragmática em relação à realidade, terá de se confrontar também com as exigências críticas que caracterizam um saber reflexivo teoricamente orientado. Esta problemática recorrentemente retomada em diversos debates (ensino profissionalizante versus saber universitário, teoria versus prática, capacidades reflexivas versus competências performativas) relaciona-se directamente com uma reflexão sobre a natureza da profissão.