Descrição
In this article, we investigated the colonialized representations about the indigenous people presents in the Júlio de Castilhos Museum’s Journal and the History Archive of the State of Rio Grande do Sul, published between the years of 1952 and 1958 by the Júlio de Castilhos Museum. We also analyzed the meanings attributed to the Journals when inserted in the “Memorial and Resistance” exhibition as historical documents of the museum. We understand that the exhibition "Memory and Resistance" have proposed a criticism of the museum's coloniality through the display of its Journals content and simultaneously showed that the Kaingang and the Mbya-Guarani people, previously understood as subjects, became now the protagonists of the construction process regarding their own representations by participating in the exhibition's developing.||Neste artigo investigamos as representações sobre os povos originários presentes na Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, publicadas entre os anos de 1952 e 1958, pelo Museu Júlio de Castilhos. Também, analisamos os sentidos atribuídos à s revistas ao serem inseridas na exposição Memória e Resistência como documentos históricos do museu. Ainda, refletimos sobre as heranças colonialistas do museu através do conceito de colonialidade do saber e do poder e sobre as rupturas desse processo a partir de ações recentes do museu que busca descolonizar-se. Compreendemos que a exposição Memória e Resistência propôs uma crítica da colonialidade do museu por meio da exposição do conteúdo de suas revistas e ao mesmo tempo evidenciou que os povos Kaingang e Mbya-Guarani, antes compreendidos como objetos de estudo, agora, tornam-se protagonistas do processo de construção de suas próprias representações, ao participarem da elaboração da exposição.